Produzida pelas glândulas salivares, tem como função iniciar o processo digestivo químico, através da umidificação do alimento para formação do bolo alimentar que será deglutido (engolido) e ainda auxiliar na transformação química dos alimentos em nutrientes; higienizar a boca e os dentes e proteger o indivíduo contra certas bactérias, ao produzir substâncias químicas com propriedades antibacterianas e anticorpos.3–9
Responsáveis por produzir de mais de 90% de toda saliva, suas secreções possuem um aspecto mais fluido (líquido), participando, principalmente, da umidificação do alimento para formação do bolo alimentar e facilitar a deglutição (engolir). Atua na limpeza dos dentes e da cavidade oral, e reduz as chances da formação do tártaro (cálculo dentário) ao diluir os restos alimentares de modo a facilitar a remoção mecânica destes, exercidas pela ação da língua e lábios.1,3,4,6,8,10,11
Outra caraterística da secreção destas glândulas é participar do processo digestivo através produção de enzimas. No homem está atividade digestiva é bem desenvolvida e caracterizada pela a produção da amilase salivar ou ptialina, enzima responsável pelo início da digestão dos amidos (carboidratos)3,4,8,10. No cão não existe esta atividade digestiva enzimática na saliva, logo, sua eficiência digestiva sobre os carboidratos é inferior à do homem e se traduz numa menor tolerância a dietas ricas em carboidratos.1,2,5,6,10–13
Responsáveis por produzir a saliva espessa (mucosa) que participa principalmente do sistema imunológico, atuando na proteção contra infecções, através da produção de proteínas antimicrobianas (lisozimas, lactoferrinas, apolactoferrina, IgA, fibronectina, histatinas, β2 - microglobulina, aglutininas salivares e mucinas).3,4,8,9,11 No cão esta atividade é mais desenvolvida do que no homem devido a maior exposição a agentes nocivos.1,2,5–7,10–13
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